sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Seis x Seis

Não sou nem um pouquinho chegado nesse negócio de listinha. Corrente então, nem pensar. Mas como fui intimado pelas lindas e competentes colegas (aí peço licença aos maridões) Juli Pereira e Aline Cabral Vaz não tenho como resistir. Pediram, então vai lá. Não digam que eu não avisei.

1 - Já frequentei puteiros e palácios de governo. Vejo pouca diferença entre os dois. E, sinceramente, prefiro os puteiros.

2 - Fui preso duas vezes por desacato a autoridade. Uma delas ocorreu no carnaval de Floripa, quando a atração era encher o saco do governador Paulo Afonso repetindo o alfabeto em seu ouvido. Era época do escândalo das letras e ele não aguentou, mandou uma guardinha me retirar da área de imprensa. Me recusei e fui preso por desacato. Tomei um monte de porrada, fui chamado de "jornalistinha de merda" e ganhei uma algema de dedo. Levei um tapa na cara ao me negar a sair da viatura para interrogatório num "postinho da PM. Revidei com a algema, abrindo um talho na cara do PM, que me encostou o revólver na cabeça. A PM feminina, que me prendeu, caiu no berreiro e eu exigi ir para a delegacia. Resultado: Sai em meia hora. No dia seguinte fui escalado para entrevistar o comandante da PM, acusado de grampear seus oficiais. Sentei na frente dele, expliquei o assunto da entrevista e, antes de começar, disse: "Tem mais isso aqui comandate". Era o B.O, relatando o caso do dia seguinte e denunciando seus comandados por abuso de autoridade. Ele encostou na cadeira e disse: "Me fudi". Dois dias depois caiu. Por causa dos grampos, é claro. (O escândalo havia sido descoberto por outro colega, se não me engano o Colombo ou o Ângelo, do Diário Catarinense. Eu trabalhava em O Estado).

3 - Na posse do Lula, em 2003, perguntei para Fidel Castro se o tênis que ele estava usando era Nike. (Na época o comandante já estava proibido pelos médicos de usar seu tradicional coturno. Contei detalhes dessa história no Botelheco).

4 - Num 2 de fevereiro (data em homenagem a Iemanjá) encontrei o falecido ACM na Praça do Rio Vermelho, em Salvador. Ele veio em minha direção, acompanhado de fotógrafos e cinegrafistas, e de braço estendido. Retribui o cumprimento e, ainda apertando a mão e olhando para a cara do velho, perguntei: "Quem é o senhor". Toninho Malvadeza fechou a cara, mas respondeu: "Sou Antônio Carlos Magalhões". No que devolvi: "Prazer, Diógenes Botelho". O Exú seguiu a caminhada dando ordem para a impresa: "Corta essa merda aí". Eu dei mais um gole na minha latinha de skol. Não precisa dizer que morei na Bahia nove meses sem conseguir um emprego, vivendo apenas de "frilas" para outros estados.

5 - Não dispenso uma cervejinha depois do expediente, quando costumo contar como roubei a foto do dinheiro da Roseana Sarney durante a cobertura do caso Sudam.

6 - Hoje, confesso, sou um assessor de imprensa doido para voltar para a redação.

ps: Até que gostei desse negócio. Já tenho na cabeça mais um monte de coisas.

2 comentários:

Aline Cabral Vaz disse...

KUAAAAKUARAKUAKUÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!
fechou a sexta-feira com chave de ouro. Se soubesse tinha pedido não seis, mas SESSENTA segredos.
E vem coisa MAIS picante por aí? Ai, qu medA...
bj e bom findi

Karla Santos disse...

Oi, Diógenes

Tb tô no aguardo dos próximos segredos.

beijo