segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A "pindura" e a crise finaceira global

Circula pela internet uma explicação bem didática sobre a crise financeira global que pode ser entendida facilmente em qualquer boteco. E o botelheco não poderia deixar de reproduzir:

Observem como fica fácil de entender!

Para quem não entendeu ou não sabe bem o que é ou gerou a crise americana, segue breve relato econômico para leigo entender.

É assim:

O seu Biu tem um bar na Vila Carrapato e decide que vai vender cachaça na caderneta aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Biu - um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.
Uns seis ézécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bebum da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas e o Bar do seu Biu vai à falência.

E toda a cadeia sifu...

Extra! Extra! O jornal sumiu

A eleição na baixada fluminense anda quente. Neste final de semana sobrou até para os vendedores de jornais, que tiveram como manchete: Extra! Extra! O jornal sumiu.
É que cerca de 30 mil exemplares do Diário Extra, das organizações Globo, foram comprados na boca da central de distribuição, antes de chegar as ruas. A edição trazia matérias denunciando práticas ilegais de alguns deputados-candidatos. Saiba mais.

domingo, 28 de setembro de 2008

Tese antidemocrática

Toda vez que o presidente Lula Molusco sobe nas pesquisas de opinião, lá vem um puxa-saco sugerindo a postergação de seu trono. Primeiro vieram com a tal da re-reeleição, o maldito terceiro mandato. Dessa vez, malandramente falam em postergação do mandato por mais dois anos, aumentando também o tempo de permanência no poder de governadores, deputados e senadores, justamente aqueles que podem aprovar tal iniciativa.

Por trás disso, apresentam a desculpa de promover a coincidência eleitoral. Ou seja, iríamos às urnas apenas de quatro em quatro anos para eleger prefeitos, vereadores, deputados (estaduais e federais), governadores, senadores e presidente. Alegam os "bem intencionados" senhores que isso economizaria gastos com a organização das eleições, com campanhas, horário eleitoral...

A oposição, como sempre, acusa golpe. Diz que é um atentado contra o estado democrático de direito, um golpe contra a Constituição e por aí vai. Mas não entra no centro da questão.

Coincidência eleitoral. Isso sim é antidemocrático porque apequena a democracia, reduz o debate e coloca todas as esferas de poder no mesmo balaio. Imagine como se daria uma campanha onde você teria que escolher de vereador a presidente. Se hoje já há um debate superficial, tenderia para pior.

Na lógica, quanto mais eleições, mais democrático é o país que vivemos. Reduzi-las é um caminho perigoso, com possíveis atalhos rumo a sua supressão.

Mundo das sombras


Editando algumas fotos de nosso arquivo, me deparei com essa imagem, capturada pela minha mulher, a Adriane. Textura e sombras sempre dão bom resultado. Examinando os detalhes, voltei a ser criança. Resolvi cortar a original e inverter a sombra. Olha só no que deu.

O mundo das sombras as vezes é mesmo assustador. Dava até pra ganhar um troco vendendo essa imagem para revistas de aparições sobrenaturais.

Depois do inverno

Foi uma invernada daquelas, digna de ursolina hibernação. Congelei o blog por algum tempo por diversos motivos: Saco cheio, trabalho e, confesso, até preguiça mesmo. Estou voltando devagar. Nesse primeiro post, vai uma fotinho dos mognos que vejo da janela do meu "fumador de cigarro", como diz meu filho Pedro.