Brasileiro é mesmo virador e, quando a oportunidade aparece, não deixa de exercer seu senso de oportunidade. O velório do ex-vice-presidente José Alencar é a prova viva disso. Bastou o caixão adentrar o salão nobre que várias barraquinhas de comida, refrigerante e água tomaram a frente do Palácio do Planalto. Entre as especialidades, o famoso churrasquinho de gato. Reparem nas fotos do colega Tuca Pinheiro que o assador garantia a qualidade do produto: Assava e também comia.
Virou uma miscelânea só. Era barraquinha da Kibon, link da Globo, milho assado e TV Senado ao vivo. Um repórter dava as últimas notícias do velório ao lado de um ambulante gritando "água geladinha". Tudo ao mesmo tempo agora. Só faltou cachaça. E olha que o José Alencar apreciava bastante.
As floriculturas de Brasília também faturaram. No tempo que passei pelo velório contei mais de 200, e não paravam de chegar.
A morte de José Alencar não foi somente uma grande perda para o Brasil. Também houveram ganhos.
Fotos de Tuca Pinheiro
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