Dirigia nesta quarta-feira rumo ao trabalho e, ouvindo a CBN, escutei uma coisa que imaginava não viver para captar em minhas "zorebas". O líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), defendeu abertamente a extinção do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. Do outro lado, pregando o fortalecimento do Conselho, o líder do DEM, Ronaldo Caiado. O petista argumentava que os casos deveriam ser resolvidos pela Justiça, já que a Casa é muito coorporativa. O demo rebatia dizendo que, extinguindo o conselho, os parlamentares estariam adbicando de sua funções e lavando as mãos sobre futuros casos de quebra de decoro envolvendo os membros do Congresso.
Tá certo que o Conselho costuma se transformar em pizzaria. Assou várias redondas nos últimos anos (Paulinho, João Paulo Cunha...), mas também condenou alguns (Zé Dirceu, Roberto Jefferson...). Ele funciona como tribunal político, diferente das cortes judiciárias que fixam sua análise nos crimes cometidos pelo parlamentar. Portando, o conselho de ética julga a moral, não as infrações ao Código Penal.
Abrir mão dessa fiscalização, mesmo que seja deficiente, é jogar o restinho de ética que existe no Parlamento pelo ralo.
Não estou aqui puxando a brasa para o Caiado, que certamente pode mudar de opinião quando for governo. Mas o PT defendendo a extinção do Conselho de Ética é realmente uma coisa que me assusta. São tempos sintomáticos esses que vivemos.
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