quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Bena, Val AM e o juro do 3° pecado capital

O artigo a seguir é produto de sonho criativo do autor. Qualquer verossimilhança deve ser descartada.
Em Biguaçu Fluminense, cidade do interior de Falcatrua, Albeneir Jivago é exemplo de uma carreira de sucesso. Persistente, ingressou no Banco Redondo como menor. Aos poucos, com simpatia e lábia, deixou de distribuir papeis e começou a comandar as cartas. Galgando de agência em agência, pulou para a Diretoria de Cartões, circulou pela diretoria de Varejo e Novos Negócios, chegou a vice-presidente e depois, no final do mandato de Macunaína, foi alçado a presidente da instituição financeira.
Uma carreira brilhante. Até entrar no seu caminho Valdirene AM, amiga íntima do cartunista Bonson (in memoriam), e alvo de diversas homenagens da rapaziada. Mulher rica, cheia de charme, e segura dos poderes que possui.
A culpa é da filha do chefe. Valdirene AM foi apresentada a Bena, como Albeneir é conhecido entre os íntimos, por Margarina Supreme, a badalada filha do ministro Banha de Porco. Teria início, a partir daí, um caso que envolve noitadas pagas pelo Banco Redondo e a liberação de um empréstimo de milhões em que para a garantia, que foge dos padrões daqueles chatos que fiscalizam, pesou mais a beleza e a desenvoltura de Val AM.
A perdição de Bena foi publicada numa porra de documento que o governo insiste em imprimir todo dia, o famoso “dou mas não entrego”. Naquela precisa data o Ministério da Banha de Porco autorizava o afastamento de Bena do Brasil pelo período de 20 a 22 de abril de 2010, para participar de reuniões com administradores do banco num país vizinho.
No Passear Palace Hotel, uma espécie de Carioquice Palace dos hermanos, Valdirene AM lhe esperava no quarto. 
Uma escapulida que custou milhões para o Banco Redondo.
Três anos após a noitada portenha, Valdirene AM ainda contava com os carinhos de Bena. Numa transação financeira inédita, ela conseguiu um empréstimo de milhões do Banco Redondo. Como garantia, deu a pensão alimentícia de seus dois filhos, o que é alienável constitucionalmente, e supostos ganhos publicitário de seu programa. Havia dado uma “chave de perna” em Bena.
A análise de risco do negócio foi digna de Salvador Dali, o astro do surrealismo. Devendo para o banco, e se negando a pagar, Valdirene AM conseguiu crédito de milhões. Na apuração dos técnicos do Banco Redondo, conta que sua capacidade máxima de endividamento não valia dois fuscas.
Mas isso é troco. A empresa usada por AM para obter o crédito, a Urolologia Empreendimentos, não tinha CNPJ registrado na Receita Federal, demonstrações contábeis válidas legalmente nem previsão no contrato social para "aluguel de caminhões", objetivo do financiamento solicitado ao BPF.
Na análise de risco da operação, quatro meses antes do Banco Redondo aprovar o crédito, foi constatado que a Urologia não tinha CNPJ na Receita. O banco, a pedido de Bena, orientou Valdirene AM a tirar o CNPJ.
Lá se foram milhões, a 4% ao ano via Fim do Mundo, linha de crédito do BPF, que a grande parte dos brasileiros pena para conseguir.
Mas Valdirene AM, com beleza e desenvoltura, emplacou. É amiga íntima, até hoje, do presidente do Banco Rendondo que, dizem amigos, rodou.


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