Caro “doutor”
Roberto Setúbal, presidente do Banco Itaú,
Aproveito
essa época de Carnaval para lhe dizer que não sou palhaço, muito menos arlequim.
Sou cliente de seu banco, o Itaú, desde 2005. Não tenho conta corrente, mas
apenas um cartão de crédito que, por sinal, paga mensalmente aos seus cofres
muito acima da média de seus clientes. Decidi optar por sua instituição
financeira pelas facilidades oferecidas na época. Parte do valor gasto era
revertido em pontos do programa Sempre Presente e poderia ser transferido para
meu cartão fidelidade da TAM. Na época, os resgates poderiam ser feitos a
partir de 100 pontos. Aos poucos, seu banco foi aumentando a valor dos
resgates. Passaram para 500, depois para 1.000, depois para 10.000 e hoje
chegamos ao absurdo patamar de 20.000 pontos. Tudo isso sem avisar
antecipadamente os clientes. Há um mês registrei esse abuso, e minha
reclamação, por telefone, no SAC de sua empresa. Até o momento não obtive
qualquer resposta ou satisfação. Não custa repetir, senhor Setúbal: não sou palhaço,
muito menos arlequim.
Diante desta
situação, peço a gentileza do senhor “passar a régua” nos meus débitos junto a
sua instituição financeira e me mandar a fatura do que lhe devo. Aliás, faturas
essas que sempre paguei adiantado e nunca, repito, nunca, me ligaram para
agradecer ou perguntar se eu estava satisfeito com os serviços.
Serei
obrigado a usar meu cartão do Banco do Brasil, que apesar do limite absurdo dos
10.000 pontos para transferência, ainda apresenta um cenário melhor do que o de
seu banco muquirana. Com a Vantagem de eu ser correntista do BB e, junto com
todos os brasileiros, controlador de suas ações.
Talvez, “doutor”
Roberto Setúbal, o período momesco seja oportuno para que o Itaú guarde no
armário a fantasia de mercenário e passe a RESPEITAR seus clientes.
Desejo ao
senhor que em 2013 seu banco lucre mais do que os R$ 14,62 bilhões de 2011, recorde histórico de sua empresa.
Espero, no entanto, que o respeito aos clientes estufe na mesma proporção.
Despeço-me lhe desejando sucesso e vergonha na cara,
Diógenes Botelho
Brasília - DF
Identidade: 2.786.903 / SSP-SC
Ps: Publicarei cópia desta carta aberta em meu blog, no
facebook e no twitter.